A exposição “As coordenadas líricas” será inaugurada, na Apaixonarte, dia 1 de Abril, das 18h00 às 20h30. A exposição ficará patente até dia 30 de Abril e a entrada é gratuita.
Nesta exposição irão ser respeitadas todas as normas recomendadas pela DGS.
A exposição colectiva “As coordenadas líricas”, parte do desejo de reunir todos os artistas selecionados da Open Call da Apaixonarte, realizada há um ano, com foco num mesmo tema. Este desejo, de juntar artistas emergentes de diferentes áreas, idades e contextos, veio criar a oportunidade perfeita para materializar o interesse de desenvolver uma parceria, com a Casa-Memória Fernanda Botelho. Uma Casa, ainda em crescimento, que não permitirá que nos saia da Memória todos os livros e rascunhos, toda a literatura e poesia, da grande escritora Portuguesa Fernanda Botelho (1926-2007).
Durante vários meses, os 19 artistas que formam esta colectiva, trabalharam sobre um dos seus poemas “As coordenadas líricas”. Todas as peças desta mostra vão estar primeiramente na galeria Apaixonarte, em Lisboa, para depois serem transferidas para o Cadaval, local onde a escritora viveu e onde se situa a sua Casa-Memória, para integrar a semana das artes, do concelho. Aqui a exposição vai ser abraçada pelo último lar da escritora, sintetizando o seu espírito numa união entre a arte e o espaço que habitou, onde a sua memória ainda prevalece e respira através dos objetos, dos livros e da atmosfera envolvente. Uma Casa que nos permite caminhar pelo seu universo, agora enriquecido com as peças de arte que nasceram da Open Call que traduzem e perpetuam no tempo e no espaço o âmago da sua essência, da sua escrita, das suas palavras.
Os artistas que fazem parte deste colectivo são: Amargo, David Sereno, FalcãoLucas, Inês Coelho, Joana R. Sá, João Freitas, Liliana Velho, Mada Cassiano, Mafalda Slam, Magriço, Maria Melancolia, Marta Nunes, Mtáfora, Neide Carreira, Paulo Albuquerque, Rita Kroh, Sofia Venâncio, Teresa Arega e Tomás Castro Neves.
As Coordenadas Líricas
Desviou-se o paralelo um quase nada
e tudo escureceu:
era luz disfarçada em madrugada
a luz que me envolveu.
A geométrica forma de meus passos
procura um mar redondo.
Levo comigo, dentro dos meus braços,
oculto, todo o mundo.
Sozinha já não vou. Apenas fujo
às negras emboscadas.
Em cada esfera desenho o meu refúgio
– as minhas coordenadas.
Fernanda Botelho, As coordenadas líricas, Edições Távola Redonda, Lisboa, 1951
-
A Ponte – Amargo
€ 200.00 -
A sombra dos 180 – Mafalda Slam
€ 350.00 -
Abraço a Braços – Inês Coelho
€ 370.00 -
Caixa de Sonhos – Mtáfora
€ 600.00 -
Casas para flores – Liliana Velho
€ 380.00 -
Deâmbulo IV – Neide Carreira
€ 250.00 -
Desviou-se do paralelo um quase nada – Marta Nunes
€ 500.00 -
Disfarce – João Freitas
€ 520.00 -
O Interruptor – Magriço
€ 450.00 -
O Jogo – Sofia Venâncio
€ 300.00 -
Procurei as minhas coordenadas num mapa de ruídos – Joana R. Sá
€ 200.00 -
Refúgio – FalcaoLucas
€ 450.00 -
Refúgio – Rita Kroh
€ 270.00 -
Rosa dos Ventos – David Sereno
€ 300.00 -
Soma das Partes – Tomás de Castro Neves
€ 400.00 -
Sozinha já não vou – Maria Melancolia
€ 170.00 -
Um mundo à tangente – Mada Cassiano
€ 240.00