A exposição individual SINCE WE LAST SPOKE de Maria Corvacho vai ser inaugurada no dia 13 de Setembro, das 18h00 às 20h30, e ficará patente até dia 5 de outubro. A entrada é livre.

Esta mostra marca o retorno da artista ao universo da expressão artística após a experiência transformadora da maternidade.
Esta não é uma exposição sobre ser mãe: é um explorar do feminino na sua força e no seu cansaço, nos múltiplos “eus” que nela habitam e uma tentativa de dar forma aos pensamentos e emoções que definem a sua nova identidade.

A artista mergulha nas profundezas da sua mente – rápida e em constante movimento, sempre a processar ideias e reflexões, mas também um sem-fim de afazeres diários sem interesse aparente. A criação artística torna-se um meio de acalmar esse fluxo incessante, utilizando cores vibrantes, símbolos enigmáticos e traços rápidos e instintivos, que capturam a urgência e a liberdade do seu processo criativo.

SINCE WE LAST SPOKE é sim um reencontro consigo mesma: um diálogo entre a pessoa que deixou para trás e a nova pessoa em quem se vai transformando. Cada obra reflete essa jornada, onde a perda de uma identidade é equilibrada pelo ganho de outra, resultando numa mulher multifacetada, que abraça as diferentes versões de si própria.

Assim, a exposição torna-se uma celebração desse reencontro, um testemunho visual da busca por equilíbrio e significado, onde o caos interno é expresso e, de certa forma, ordenado através da arte.

 

BIOGRAFIA
Maria Corvacho nasceu no Porto (1989) e apesar de não ter seguido academicamente a área da arte, o seu caminho conduziu-a de volta a essa que foi a sua primeira paixão. Em 2018, decidiu finalmente dedicar-se por completo ao que realmente a movia e, desde então, trabalha como ilustradora e pintora.

O seu estilo é mutável, refletindo a sua constante busca por novas formas de expressão e interpretação do mundo. Além da ilustração e da pintura, também explora outras formas de expressão artística, como a cerâmica e os bordados.

A cor é um elemento fundamental em todas as suas criações, enquanto o feminino, quase sempre presente, simboliza a força e a complexidade. A sua arte é uma constante busca pela beleza, seja nos detalhes mais subtis ou nas expressões mais grandiosas. A inspiração vem dos pequenos momentos do dia-a-dia, da natureza que a rodeia e das suas próprias dualidades e introspecções. A sua perspetiva é marcada por uma visão irónica e um ceticismo afiado, mas também por um romantismo que transparece em cada obra.

Com um olhar atento e sensível, Maria Corvacho transforma o quotidiano em arte, capturando a essência do que é ser humano com todas as suas contradições e beleza.